Cuidados para febre maculosa

19/06/2023 16:30

A febre maculosa é uma doença transmitida por carrapatos, em especial o carrapato-estrela ou micuim (Amblyomma cajennense), causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. É de extrema importância estar ciente dos riscos e cuidados necessários para preveni-la. Visto que na Fazenda Experimental da Ressacada – UFSC/CCA –  há a criação de animais suscetíveis à infestação por carrapatos, especialmente bovinos e equinos, bem como há a presença de capivaras, medidas preventivas se tornam ainda mais cruciais.

A febre maculosa é uma doença grave que pode afetar tanto humanos quanto animais, por isso é considerada uma zoonose, causando sintomas como febre alta, dores musculares, mal-estar geral e, em casos mais graves, complicações nos sistemas respiratório, renal e cardiovascular. A transmissão ocorre por meio da picada do carrapato infectado por um período próximo ou maior de quatro horas, sendo fundamental evitar o contato com esses parasitas e adotar medidas para reduzir sua presença.

Na Fazenda Experimental da Ressacada, além do controle de ectoparasitos, que já é realizado de maneira seletiva e individual, é essencial que haja conscientização e educação dos funcionários e visitantes sobre os riscos e medidas preventivas relacionadas a esta enfermidade. É fundamental que todos sejam instruídos sobre a importância de evitar áreas infestadas por carrapatos, utilizar roupas adequadas, como calças compridas e botas, e aplicar repelentes de carrapatos nas áreas expostas da pele.

No caso específico da presença de capivaras, que são hospedeiros dos carrapatos vetores da febre maculosa e que estão presentes na FER, é importante implementar medidas para minimizar o contato entre esses animais e os bovinos, equinos e seres humanos. Isso pode ser feito por meio da construção de cercas adequadas e separação das áreas de pastagem, garantindo que as capivaras não tenham acesso direto aos animais de criação. Assim como evitar se deitar ou sentar em locais, como gramados, frequentados por capivaras.

Adicionalmente, é fundamental estar atento aos primeiros sinais da doença tanto nos animais quanto nas pessoas. Qualquer suspeita de febre repentina deve ser prontamente comunicada a profissionais de saúde e veterinários, informando contato com animais e locais suspeitos para diagnóstico e tratamento adequados.

Ressalta-se o seguinte:

De acordo com a Portaria do Ministério da Saúde de consolidação – PORTARIA Nº 264, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020 – todo caso de febre maculosa é de notificação obrigatória às autoridades locais de saúde. Deve-se iniciar a investigação epidemiológica em até 48 horas após a notificação, avaliando a necessidade de adoção de medidas de controle pertinentes.

 

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