Desenvolvimento do bambuseto da Fazenda

16/11/2010 17:57

Após cinco meses do primeiro plantio de mudas na coleção de bambus da UFSC, enviamos um breve relatório de como andam as mesmas, já que muitos participantes do primeiro curso de cultivo e manejo de bambu, realizado neste local em 12 de junho deste ano de 2010 sob organização conjunta com a BambuSC, frequentemente nos questionam como estão as “suas mudas”.

Muda de Dendrocalamus asper

Bambusa multiplex

Muda de Bambusa oldhamii

Muda de Guadua angustifolia

Muda de Bambusa vulgaris

Muda de Guadua chacoensis

Muda de Phyllostachys bambusoides

 

 

 

 

 

 

 

Naquela data foram plantadas no local do futuro bambuseto nove mudas de diferentes espécies, com finalidade de iniciarmos uma coleção com 25 espécies de bambus lenhosos e outras de bambus menores. Destas nove mudas, duas foram desenvolvidas no curso diretamente a partir das touceiras de bambu já existentes na Fazenda: Bambusa vulgaris (bambu comum) e B. tuldoides (taquara). Demais espécies foram trazidas de fora, doadas pela BambuSC e pelos seus membros: Bambusa multiplex, B. oldhamii, Phyllostachys aurea (bambu mirim), P. bambusoides (lágrimas-de-deus), Guadua angustifolia, G. chacoensis e um possível Dendrocalamus asper (bambu-áspero).
Das próximas possíveis espécies a comporem nosso bambuseto nenhuma ainda temos acesso às mudas, e para isso contamos com a contribuição de interessados em ajudar neste nosso espaço didático: Bambusa gracilis (bambu-de-jardim ou bambuzinho-amarelo), Phyllostachys nigra (bambu preto), Chusquea sp. (um dos nativos do Brasil), Bambusa ventricosa (kimmei), Bambusa textilis, Melocana baccifera (muli), Guadua paraguayana, Phillostachys pubescens (mosô), Bambusa vulgaris vittata (bambu-verde-e-amarelo), Gigantochloa atter, Gigantochloa atroviolaceae (bambu-negro), Bambusa tulda, Dendrocalamus latiflorus, Dendrocalamus giganteus (bambu-balde, bambu-gigante). O Guadua tagoara (taquaruçú), nativo desta região, também é pretendido que plantemos na Fazenda, mas em outros locais devido ao seu comportamento de crescimento indefinido.

Além das mudas plantadas no bambuseto outras mudas foram para viveiro, ficando de reserva para possíveis mortes. Até o momento todas as mudas no bambuseto estão vivas, com excessão da Bambusa tuldoides, que fora plantada através do rizoma e não germinou até o momento. Em compensação nenhuma das mudas emitiu novos ramos (ou colmos) laterais, com exessão da muda de Bambusa vulgaris que foi feita através de colmo e teve a germinação nos dois nós que foram enterrados, podendo futuramente até ser desmembrada em duas mudas, o que deverá ser feito em breve.

Na primeira semana deste mês as mudas restantes, que estavam no viveiro, foram plantadas em locais estratégicos da Fazenda, 12 mudas ao todo, como podem conferir no site http://fazenda.ufsc.br/programacao-de-atividades-semana-1-a-5-de-novembro/ .

Estamos ansiosos para ver estas mudas emitindo colmos novos. Durante os primeiros meses após o plantio das mesmas, em julho e agosto, elas passaram por chuvarada seguida de longo período de secas. Achou-se que pudessem sofrer por alguns destes eventos, mas todas resistiram. No período de chuvas ficaram um pouco amareladas em suas folhas, mas no período de secas sobreviveram bem, firmes e fortes. Por medida de segurança irrigamos umas três vezes apenas neste período. O Phyllosthachys bambusoides, que é a muda que chegou com maior tamanho, definitivamente não parece evoluir, nem definhar de vez. Continua, aparentemente, com as mesmas folhas com as quais chegou, ainda verdes, mas sem nenhuma a mais. O colmo torna-se cada vez mais amarelado, o que me preocupa um pouco. Os guaduas também não parecem ter criado muitas folhas novas. Em compensação os bambusas e o dendrocalamus estão com novas folhas, demonstrando terem se adaptado bem ao seu novo lar.

Agora só falta você vir aqui para conhecer e ajudar no bambuseto. Vem!

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– Informamos que os certificados dos cursos sobre bambu realizados neste ano aqui na Fazenda da UFSC já estarão disponíveis a partir da próxima semana no site http://www.certificado.prpe.ufsc.br/ .

– Já está pré-agendado o Próximo Curso de Cultivo e Manejo de Bambu, dia 26 de março de 2011, sábado. Veja mais em Eventos.

Tags: Bambu